A Síndrome do impacto é uma patologia inflamatória e degenerativa que é caracterizada por impacto mecânico ou compressão de estruturas que se localizam no espaço umerocoracoacromial, principalmente os tendões dos músculos supraespinal e cabeça longa do bíceps, a bursa subacromial e a própria articulação acromioclavicular. Essa patologia progride com microlesões nessas estruturas podendo causar fibroses, tendinites e até mesmo, ruptura dos tendões.
É a afecção mais comum da cintura escapular e sua prevalência é maior em mulheres de 40 a 50 anos de idade, entretanto, por estar intimamente relacionada a algumas atividades laborais e esportivas e, por esse motivo, se torna cada vez mais frequente em adultos jovens.
O diagnóstico é realizado clinicamente por testes específicos ou por exames de imagem. O quadro clínico é variável e dependente da fase de evolução, porém a dor e a limitação funcional são evidentes. A lesão pode ser classificada em três fases:
I – dor aguda, hemorragia e edema. A dor é geralmente ocorre após o esforço e cessa ao repouso.
II – processo inflamatório acarretando fibrose e espessamento da bursa subacromial e tendinite de manguito rotador.
III – rupturas parciais ou totais do manguito rotador e do bíceps associados a alterações ósseas.
O tratamento desta patologia é realizado primeiramente de forma conservadora com medidas analgésicas e anti-inflamatórias e fisioterapia, sendo esta indispensável no processo de recuperação. O tratamento depende diretamente da fase evolutiva da doença e, nos casos de insucesso deste tratamento, a cirurgia pode ser indicada.